terça-feira, 24 de junho de 2014

Contrato de trabalho temporário amplia para nove meses

Nova legislação passa a valer a partir de 1º de julho

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ampliou o prazo de duração do contrato de trabalho temporário para até nove meses. A medida, que vale a partir de 1º de julho, pretende dar mais consistência a essa modalidade de contratação. A portaria nº 789 foi publicada no dia 3 de junho no "Diário Oficial da União".
A nova norma diz que as empresas devem pedir autorização para a contratação superior a três meses no site do Ministério do Trabalho e Emprego, com antecedência mínima de cinco dias do início do contrato. No caso de prorrogação, o pedido deve ser feito cinco dias antes do término previsto inicialmente no contrato.
Um empregador poderá, por exemplo, contratar um temporário por três meses (conforme prevê a lei 6.019/89) e pedir prorrogações, conforme a necessidade, até que o contrato atinja o limite máximo dos nove meses.
Atualmente, o limite é de seis meses. De acordo com a nova portaria, os contratos de trabalho temporário poderão durar até nove meses desde que as circunstâncias e motivos da empresa justifiquem a opção. Ela vale exclusivamente na hipótese de substituição de pessoal regular e permanente.

O que é trabalho temporário?
Trabalho temporário é aquele prestado por uma pessoa física, por meio de uma empresa interposta, para atender a uma "necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente" ou a um "acréscimo extraordinário de serviços", de acordo com José Daniel Gatti Vergna e Rodrigo Milano Alberto, advogados especializados em direito do trabalho do escritório Mesquita Barros Advogados.
Segundo os advogados, na primeira hipótese, seria possível contratar um trabalhador temporário para ocupar a posição de uma empregada grávida que se afasta do trabalho por causa da licença-maternidade. Com a nova portaria, portanto, esse trabalhador poderá ser contratado por até nove meses.
A segunda hipótese ("acréscimo extraordinário de serviços") trata de contratações que ocorrem, por exemplo, nas semanas que antecedem ou sucedem ao Natal, quando as empresas precisam de maior número de mão de obra para atender à crescente demanda do período. Nessas situações, a regra permanece a mesma que antes da nova portaria, ou seja, somente será possível ampliar em três meses o termo do contrato, observando-se os três meses inicialmente permitidos pela lei.

Fonte da matéria G1 da Globo

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sou obrigado a fazer horas extras?

Hora Extra, inimiga ou amiga? Quem ganha e quem perde? Veja o que dizem especialistas

Existem trabalhadores que adoram fazer horas extras, já que o pagamento vem um pouco mais “recheado”, existem também aqueles trabalhadores que não gostam, afinal “nunca ninguém ficou rico fazendo horas extras”. Frases assim são comuns em empresas, mas será que é obrigado a fazer horas extras?
Mas vamos a uma realidade que muitos desconhecem.
Ao contrário do que muitos pensam, hora extra não é bom para a empresa, já que o valor dessas horas são maiores do que as horas pagas normalmente e geralmente não estão no custo do produto. Portanto, quando uma empresa pede por horas extras, muito provavelmente é para suprir um pedido e não perder o cliente, essas extras não duram para sempre.
Fazer ou não fazer extras:
“Já que não é obrigatório, não preciso fazer”. Correto, porém, pensa um pouco, em uma empresa com dez funcionários, onde dois deles não fazem extras. Surge uma oportunidade de subir de cargo, cargo de confiança, quais funcionários estariam concorrendo a esta vaga? Provável que aqueles que fazem extras. E se fosse um caso de corte de mão de obra, quais seriam os primeiros a serem cortados? Aqueles que não ajudaram além do que o normal.
Claro que existem muitos outros itens a serem avaliados nesses casos, mas estar disponível para fazer extras é significante em uma avaliação dentro da empresa.

O que dizem os especialistas?

Confira abaixo questões respondidas pelo juiz da 26ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, Marcelo Segal, e pela advogada trabalhista Isabelli Gravatá, autora de livros jurídicos de direito e processo do trabalho. Em uma matéria exibida no G1 da Globo.

Em que situações as horas extras são pagas? 
De acordo com a advogada, as horas extras são devidas toda vez que o empregado trabalha além da sua jornada normal de trabalho sem qualquer tipo de compensação. Também são devidas quando se trabalha no horário destinado ao intervalo, ou ainda, quando não é concedido horário de intervalo para descanso durante o dia de trabalho ou entre um dia de trabalho e outro. Por exemplo: se o empregado tem duas horas de almoço e usa só uma e trabalha na outra essa hora que deveria estar almoçando é computada como extra. Já o intervalo entre um dia e outro de trabalho é de 11 horas. Por exemplo, se entre um dia e outro o intervalo for de oito horas, computam-se três horas extras.

O empregado pode recusar-se a trabalhar horas extras? 
De acordo com a advogada, em princípio, o empregado não pode se recusar a trabalhar horas extras se elas estiverem previstas em acordo escrito ou contrato coletivo de trabalho (instrumento de negociação coletiva feito entre o sindicato dos empregados e o sindicato dos empregadores). Entretanto, de acordo com o artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o empregador não poderá exigir do empregado mais de duas horas extras por dia. Caso o patrão venha a exigir uma jornada extraordinária maior que a autorizada por lei, o empregado poderá recusar a trabalhar as demais horas extras. Porém, caso ele venha a trabalhar mais do que as duas horas extras permitidas, ele tem direito a receber por todas as trabalhadas.
Já de acordo com o juiz, um dos principais deveres do empregado é o de colaboração ao empregador, e, portanto, ele não pode se negar, sem justificativa, a realizar eventuais horas extras necessárias ao serviço. Mas se houver uma justificativa plausível ou a exigência de horas extras for habitual, então a vontade do empregado deve ser respeitada.

Como pode ser prorrogada a jornada normal de trabalho? 
De acordo com a advogada, a prorrogação poderá ocorrer por mais duas horas além do horário normal de trabalho do empregado, desde que exista previsão em acordo escrito ou contrato coletivo de trabalho. Poderá, ainda, ser prorrogada caso ocorra necessidade imperiosa, seja por motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo.
Segundo o juiz, basta que o empregado permaneça em atividade mesmo após a carga horária normal de trabalho. Por ser algo excepcional, extraordinário, não há necessidade de ser contratado por escrito.

De que forma deverá ser remunerada a hora extra? 
De acordo com o juiz, a hora extra deverá ser paga com acréscimo de, no mínimo, 50%, de segunda a sexta-feira, e 100% aos domingos e feriados. Portanto, a hora extra vale mais que a hora normal de trabalho.
A advogada explica que inicialmente deve-se verificar o número de horas mensais trabalhadas multiplicando-se o número de horas semanais que o empregado trabalha normalmente por cinco (número de semanas que o mês pode no máximo ter). Por exemplo, 44 horas semanais multiplicadas por 5 é igual a 220 horas mensais. Em seguida, divide-se o valor do salário mensal pelo número de horas mensais encontradas. Por exemplo: salário de R$ 1.760 divididos por 220 horas é igual a R$ 8 por cada hora de trabalho. O valor da hora é dividido então por 2 para encontrar o valor do adicional mínimo de 50%. Logo, se a hora é de R$ 8, dividida por 2 é igual a R$ 4 de adicional. Por fim, a hora extra equivale à soma do valor da hora ao adicional de 50%. Com esse cálculo encontra-se o valor de 1 hora extra, bastando multiplicar o referido valor pelo número de horas extras trabalhadas no mês.

O que o contrato de trabalho deve estipular? 
De acordo com a advogada, o contrato de trabalho deverá conter todas as informações relativas ao trabalho executado, constando desde o início o horário de entrada, de saída, de intervalo e a possibilidade de trabalho extraordinário. Deverá constar, também o valor do salário e o percentual do adicional das horas extras, bem como a forma de pagamento. Caso não conste o percentual do adicional das horas extraordinárias, o valor será o mínimo imposto pela Constituição, ou seja, de 50%. Poderão também constar os casos em que o empregado não pode se recusar a fazer as horas extras.

Em que tipo de contrato não está previsto o pagamento de hora extra?
De acordo com a advogada e o juiz, o empregado está proibido de fazer horas extras no contrato por tempo parcial em que é contratado para trabalhar no máximo 25 horas semanais, recebendo de forma proporcional à sua jornada trabalhada em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. Os empregados domésticos também não têm direito a hora extra.

Como funcionam as horas extras em feriados e fins de semana? 
De acordo com a advogada e o juiz, em domingos e feriados, os empregados devem receber adicional de, no mínimo, 100%. Já aos sábados, o adicional permanece sendo de, pelo menos, 50% sobre a hora normal.

Como se calcula as horas extras quando o funcionário está em viagem? 
De acordo com a advogada, tudo dependerá da forma como o empregado foi contratado, pois se o serviço dele for externo e incompatível com o controle da jornada de trabalho, não são devidas as horas extras. Já se houver uma forma compatível com a fixação e o controle da jornada, mesmo o trabalho sendo exercido externamente, o empregado terá direito às horas extras calculadas no valor da hora acrescido de no mínimo 50%.
Segundo o juiz, serão extras as horas de efetivo trabalho, mas na prática isso gera muitos problemas, especialmente porque não há consenso se o tempo que o empregado permanece longe de sua residência (por exemplo, no deslocamento e no pernoite em hotel) pode ser considerado tempo à disposição do empregador e, portanto, extraordinário.

Por quanto tempo a empresa pode acumular as horas extras até pagar o funcionário? 
De acordo com o juiz, normalmente devem ser pagas no mês seguinte ao da prestação do serviço, exceto se a empresa tiver ajustado junto ao sindicato de classe dos empregados o chamado banco de horas extras. Nesse caso, as horas extraordinárias realizadas convergem para a conta que o empregado tem no banco e devem ser compensadas em até 12 meses da sua realização, sob pena de serem pagas.

Existe algum prazo máximo para o pagamento? 
De acordo com o juiz, se não houver banco de horas, 30 dias; se houver banco de horas nos moldes legais, que não pode ser imposto unilateralmente, devendo ser negociado e aprovado com o sindicato, 12 meses.

Se a empresa quiser “pagar” as horas extras com dias de folga em vez de dinheiro ela pode?
De acordo com o juiz, ao empregador é permitido compensar as horas extras trabalhadas com folga ou diminuição correspondente da jornada na mesma semana ou, no mais tardar, na semana seguinte. Se não o fizer, deverá pagar os extraordinários. A única ressalva é se houver banco de horas instituído, quando então a compensação poderá ser feita em até 12 meses.
Segundo a advogada, a troca das horas extras por dias de folga ou por banco de horas dependem de acordo individual (entre empregado e empregador), ou de acordo coletivo (feito entre o sindicato dos empregados e a empresa), ou através de convenção coletiva (negociação feita entre o sindicato dos empregados e o sindicato dos empregadores).

Como o funcionário pode controlar as suas horas extras? Ele deve anotar ou a empresa é obrigada a fornecer um documento todo mês com as horas acumuladas? 
De acordo com a advogada, o empregado deverá anotar as suas horas extras trabalhadas, pois o controle de frequência é um documento da empresa e que só é obrigatório para aquelas que possuem mais de 10 empregados.
Segundo o juiz, a lei determina que os controles de ponto devem ser fidedignos e retratar a real jornada de trabalho. A cada mês o controle deve ser exibido ao empregado para que ele o confira e, se estiver de acordo, assine. Esses documentos serão exibidos em juízo em caso de ação por pagamento de hora extra. No entanto, maus empregadores proíbem a marcação da real jornada nos controles, de modo que o empregado deverá obter provas da jornada extra por outro meio como, por exemplo, testemunhas.

Quais são os reflexos das horas extras nas verbas rescisórias? 
De acordo com o juiz, as horas extras, se habituais, refletem em todas as verbas decorrentes do rompimento contratual - aviso prévio, 13º salário proporcional e férias proporcionais acrescidas de 1/3. Durante o contrato de trabalho, se habituais, refletirão também no repouso semanal remunerado e no FGTS, de modo que a indenização de 40% sobre o FGTS também fica maior.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Se você não for você, então quem você será? - por Daniel Luz

Na coluna "Recarregando a Bateria Humana" desta semana...

“Nenhum homem jamais foi grande através da imitação”
- Samuel Johnson, 1709 -1784
Escritor, poeta e ensaísta britânico

Se você não for você, então quem você será?

“Todo ser humano é destinado a ter uma característica própria: ser aquilo que nenhum outro é, e fazer aquilo que nenhum outro pode fazer.”
-  Dr. William Ellery Channing, 
poeta e teólogo. (1780 - 1842)

Cada pessoa é como uma peça única de um quebra-cabeças gigantesco que cresce ao longo do tempo. Todos temos formas e cores diferentes, cada um preenchendo um espaço único que ajuda a completar a figura final. Você pode ser uma exuberante pétala de flor como uma begônia, uma explosão vulcânica ou um dente afiado de um tigre de bengala. Ou você pode ser uma daquelas peças azuis do céu. Você sabe. Aquelas que, à primeira vista, parecem todas iguais. Mas tente colocar uma peça do céu no espaço designado para outra peça e o que acontece? Não se encaixará!
Você pode tentar forçar, amassar a peça ou inverter um pouco as extremidades dela, mas mesmo que consiga forçar o encaixe da peça num espaço que não lhe pertença, a figura final nunca parecerá totalmente correta. E em algum outro lugar no quebra-cabeça, existirá um espaço pendente na figura – um espaço em que aquela peça teria se encaixado perfeitamente.
Toda peça tem uma função. Mas, às vezes, leva um tempo para acharmos sua localização. Isso faz parte da aventura de viver. Você está descobrindo quem você é onde se encaixa – e que parte da grande figura você foi criado para compor no quebra-cabeça. Esse processo envolve erros e experiências, assim como montar um quebra-cabeça com sete bilhões de peças! Isso significa que você pode se sentir à vontade para lidar com questões complexas de matemática, avaliar se falar em público é sua praia ou se juntar ao grupo de trabalho voluntário. Você pode se sentir orgulhoso de ser um devorador de livros, um nerd ou um surfista. Na verdade, você pode até descobrir que tem um talento nato para todas essas coisas.
Se você está à procura de uma referência para comparar-se, desconsidere comparar-se aos outros. Toda vez que você se compara com alguma outra peça do quebra-cabeça ou tenta mudar você mesmo de uma corrente de lava para um dente de tigre, porque os tigres estão totalmente na moda, você perde de vista o verdadeiro valor que é ser único como você realmente é.
É como se comparar maçãs com laranjas ou céu azul com as begônias. Comparar-se com outras pessoas não prova nada, exceto que todos nós somos diferentes. Únicos. Só isso. Ao invés de se comparar com outros, compare quem você é; tentando ser quem você realmente foi criado para ser.  Esse é um padrão que permanece constante em nossa vida. Ninguém jamais poderá “ser você” melhor que você mesmo. E isso merece uma comemoração.
O professor, escritor e poeta Russel Kelfer (Russel Lee Kelfer, (1933 – 2000) Jornalista, escritor e poeta americano.), deixou-nos um poema lindíssimo que resume a essência de nossa singularidade:
Você é quem é por uma razão.
Você faz parte de um plano complexo.
Você é uma criação original, preciosa e perfeita...

Você não é um acidente.
Seu nascimento não foi um erro ou um infortúnio, e sua vida não é um acaso da natureza. Seus pais podem não tê-lo planejado, mas o Criador certamente o fez. Ele não ficou nem um pouco surpreso com seu nascimento. Aliás, ele o aguardava.
Muito antes de ser concebido por seus pais, você foi concebido na mente do Criador. Ele pensou em você primeiro. Você não está respirando neste exato momento por acaso, sorte, destino ou coincidência.
O Criador determinou cada pequeno detalhe de nosso corpo. Ele deliberadamente escolheu sua raça, a cor de sua pele, seu cabelo e todas as outras características. Ele fez seu corpo sob medida, exatamente do jeito que queria. Ele também determinou os talentos naturais que você possuiria e a singularidade de sua personalidade. Você é único.
Deus queria que você fosse VOCÊ. Ele o criou para ser único, distinto, uma pessoa significativa, diferente de qualquer outro individuo no planeta Terra, ao longo deste vasto período de tempo. Em seu caso, assim como no de qualquer outro ser humano, o molde foi quebrado, para nunca ser usado novamente, logo que você entrou no fluxo da humanidade.

O grande general e poeta Davi, herói do povo hebreu, aquele retratado por Michelangelo em uma fenomenal escultura de mármore, disse: “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção. Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer um deles existir”. (Livro de Salmos – 139.13-16)
Se eu li corretamente essa declaração espantosa, você foi planejado e depois apresentado ao mundo exatamente  da forma como o Criador quis.
Reflita sobre esta verdade!
Leia as palavras de Davi mais uma vez, e não perca o comentário de que Deus está pessoalmente envolvido em todos os dias, detalhes e aspectos da sua vida. Grande pensamento! Às vezes, esquecemo-nos da verdade a respeito de quem somos. Temos um dia Ruim, fazemos algo estúpido, alguém nos coloca para baixo, nossas emoções inebriam nosso bom senso, e às vezes precisamos ser lembrados que somos obra de arte e não acidente.

Para recarregar a bateria:
Uma mulher de meia-idade teve um ataque cardíaco e foi levada às pressas para a unidade de emergência. Na mesa de operações ela teve uma experiência de quase-morte; viu Deus e perguntou se tudo acabava ali. Ele respondeu: “Não, você ainda tem 43 anos, dois meses e oito dias para viver”.
Quando se recuperou, decidiu ficar no hospital e fazer cirurgia plástica no rosto, lipoaspiração, remoção de tecidos gordurosos da barriga, enfim, um trabalho completo. Ela até chamou uma pessoa para pintar seu cabelo, imaginando que, já que teria muita vida pela frente, bem que poderia tirar melhor proveito disso.
Recebeu alta depois do último procedimento. No entanto, enquanto atravessava a rua em frente ao hospital, morreu atropelada por uma ambulância em alta velocidade.
Quando chegou à presença de Deus, estava botando fogo pelas ventas:
- Achei que o Senhor tinha dito que eu viveria mais 43 anos.
Ao que Ele lhe respondeu:
- Eu não reconheci você.

Não importa quem você seja ou que esteja passando, você foi criado à imagem do poderoso e inabalável Deus. Você é VOCÊ único e importante.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Copersucar e Cargill fazem associação para venda de açúcar

Cada empresa terá fatia de 50% na nova companhia

A brasileira Copersucar e a multinacional Cargill anunciaram na última quinta-feira um acordo para combinar suas atividades globais de comercialização de açúcar em uma joint venture (associação) que irá originar, comercializar e vender açúcar bruto e refinado.
"A joint venture consolidará a capacidade de ambas as empresas, visando aumentar a eficiência, a qualidade e os serviços na cadeia produtiva de açúcar, além de alavancar um profundo conhecimento do mercado mundial para beneficiar nossos clientes", disseram as companhias, em comunicado conjunto.
Cada empresa terá fatia de 50% na nova companhia, que poderá entrar em operação no segundo semestre deste ano, quando é esperada a aprovação de autoridades regulatórias. (Leia mais)

A vida é como eco - por Daniel Luz

Na coluna "Recarregando a Bateria Humana" desta semana...

“seja Bondoso com as pessoas em seu caminho de ida, pois você as encontrará em seu caminho de volta”
-  Wilson Mizner, (1893 – 1933) Dramaturgo americano

A vida é como eco
“Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles... Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem e serão perdoados. Deem, e lhes será dado... Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês. ”
Palavras de Jesus, registradas no Evangelho de Lucas (Lucas 6.31,37,38)

A vida é como eco. Se não gostamos do que recebemos, devemos prestar atenção no que emitimos.
Um garotinho vivia com seu avô no alto de uma montanha. Frequentemente, só para ouvir o som de sua voz ecoando, ele saía, colocava as mãos ao redor da boca e gritava: “ALÔ!” Das montanhas a resposta vinha: “ALÔ... ALÔ... alô... alô...”. Depois que ele gritava vinha a resposta: “EU AMO VOCÊ... EU AMO VOCÊ... Eu amo você... Eu amo você...”
Um dia ele se comportou mal e seu avô o disciplinou severamente. Reagindo agressivamente, o garotinho balançou seu braço e gritou: “EU ODEIO VOCÊ!” para sua surpresa, as rochas e picos das montanhas responderam dessa forma: “EU ODEIO VOCÊ... EU ODEIO VOCÊ... Eu odeio você... Eu odeio você...”
A vida é assim. Chame isso de uma das leis imutáveis da natureza humana. Nós recebemos exatamente o que damos. A vida lhe devolve tudo o que você diz e faz. A vida é simplesmente um reflexo de nossas ações. Ela lhe devolve tudo o que você dá a ela.
Sua vida não é uma coincidência: ela reflete você! Se quiser saber quem é o responsável pela maioria de seus problemas, de uma olhada no espelho. Se pudesse chutar o traseiro da pessoa responsável pela maioria de seus problemas, você ficaria sem poder sentar durante três semanas. É hora de sairmos de nosso próprio caminho.
Tudo volta. Ecos incríveis espelham nossas ações de uma forma enfática, algumas vezes até maior. Os resultados frequentemente são embaraçosos ou trágicos.
A lei dos ecos também funciona em nosso trabalho. As montanhas rochosas dentro das vidas dos outros estão prontos para ecoar as mesmas atitudes e ações que iniciamos. Quer que seus colegas de trabalho sejam amigáveis, altruístas, não façam comentários ácidos, cáusticos e nem olhem feio para você? O lugar certo para começar é com aquela pessoa que olha de volta para você do espelho do banheiro todas as manhãs.
A lei é exatamente consistente. Os filhos ecoam seus pais; alunos em uma sala de aula usualmente são ecos de seus professores. Se o que se comunica é negativo, severo, insensível e exigente... adivinha o que acontece? O eco reflete essas mesmas características, quase sem nenhuma exceção.
Recentemente li sobre uma professora que pediu a seus alunos para escreverem, em trinta segundos, nomes de pessoas que realmente odiavam. Alguns estudantes só conseguiram pensar em uma pessoa durante esse meio minuto. Outros listaram mais de catorze. O fato interessante que emergiu dessa pesquisa foi que – aquelas que odiavam mais pessoas eram os mais odiados.
A lei dos ecos. Se você quiser que os outros o julguem e condenem, comece a fazer isso. Se deseja que sejam compreensíveis, acolhedores, que permitam que você seja você mesmo – então comece a ser dessa forma.
Sorrisos trazem sorrisos. Uma atitude positiva é contagiosa como um resfriado. Infelizmente, isso também acontece com suspiros, carrancas e palavras ásperas. O que você depositar no banco de ecos, você retira de volta. Algumas vezes com juros.

Para recarregar a bateria:
Li uma historia engraçada sobre o presidente Abraham Lincoln que mostra a relação entre nossas atitudes e o efeito que elas exercem sobre quem somos. Um conselheiro de Lincoln recomendou determinada pessoa para certo  cargo no gabinete, mas Lincoln rejeitou a sugestão. Disse ele:
- Não vou com a cara desse sujeito.
- Mas, senhor – protestou o conselheiro –, ele não pode ser responsabilizado pela cara que tem.
Ao que Lincoln retrucou:
- Todo homem com mais de 40 é responsável pela própria cara.
Quem você é e como pensa também são coisas que podem ser lidas em seu rosto. Ao se olhar no espelho, se você vir uma expressão amarga, estará enxergando a expressão como certamente será tratado.
Uma das maiores descobertas que se pode fazer é que conseguimos mudar. Não importa onde você esteve ontem ou quão negativas suas atitudes foram no passado, você pode ser mais positivo  hoje. E isso faz uma diferença incrível para seu potencial e vida.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Mas... - por Daniel Luz

Na coluna "Recarregando a Bateria Humana" desta semana...

“O fracasso é realmente uma questão de presunção. As pessoas não trabalham duro porque, em sua presunção, imaginam que obterão sucesso sem fazer esforço.
A maioria das pessoas acredita que acordarão um dia e se verão ricas. Na verdade, isso está metade certo, porque eventualmente elas acordam.
Cada um de nós precisa fazer uma escolha. Vamos dormir a vida toda, evitando o fracasso a todo custo? Ou vamos acordar e perceber isto: o fracasso é simplesmente um preço que pagamos para obtermos sucesso.”
- Thomas Alva Edison (1847 – 1931) Inventor e empresário americano

Mas...

“Se você não gosta de alguma coisa, mude-a.  Se você não pode mudá-la, mude sua atitude. Não reclame.”
Maya Angelou (1928) Poeta, escritora e ativistas de direitos civis.(Pseudônimo de Marguerite Ann Johnson)

Eu tinha um sonho... Fiz planos... Mas... O destino, as circunstancias, Deus...
Estou pensando em algumas pessoas que disseram as mesmas palavras e Willem foi uma delas.
Willem queria pregar. Aos 25 anos, ele já havia vivido o suficiente para saber que sua vida era para o sacerdócio. Vendia obras de arte, ensinava línguas, negociava livros; conseguia ganhar a vida, mas não era uma vida. Sua vida era na igreja. Sua paixão estava voltada para as pessoas.
Assim sua paixão o levou para as áreas carboníferas do sul da  Bélgica. Lá, na primavera de 1879, esse holandês começou a ministrar para os mineiros simples e trabalhadores da pobre região de Borinage. Em questão de semanas, sua paixão foi testada. Um desastre na exploração das minas feriu inúmeros aldeões. Willem trabalhou o dia todo cuidando de feridos e alimentando os famintos. Ele até escavou as paredes das jazidas para ajudar seu povo.
Depois que o entulho foi limpo e os mortos enterrados, o jovem pregador ganhou lugar no coração deles. A igrejinha encheu-se de pessoas famintas de suas mensagens de amor. O jovem Willem estava fazendo o que sempre sonhou.
Mas...
Certo dia seu superior veio visitá-lo.  O estilo de vida de Willem o deixou chocado. O Jovem pregador usava um velho casaco de soldado. Suas calças eram feitas de tecido de saco, e ele vivia em uma cabana simples. Willem dava seu salário às pessoas. O oficial da igreja estava indiferente.
- Você parece mais patético que as pessoas a quem veio ensinar – Ele disse.
O oficial não concordava com nada, Essa não era a aparência adequada de um ministro religioso. Ele afastou Willem do ministério.
O jovem ficou arrasado.
Ele só queria ajudar. Ele só queria fazer algo bom. Por que o destino, as circunstâncias ou Deus não o deixavam realizar seu sonho?
O que você faz com os momentos da vida em que os “mas” aparecem?
Sua carreira ia muito bem... Mas...
A vida familiar estava perfeita... Mas...
Os negócios estavam prosperando... Mas...
Eles estavam apaixonados, cheios de planos... Mas...
Estava em plena forma física... Mas...
E Willem? Essa é outra história. A princípio, ficou magoado e irado. Permaneceu na pequena vila durante semanas, sem saber para onde se voltar. Mas então aconteceu a coisa mais estranha. Certa tarde, ele percebeu um velho mineiro curvado atrás de uma enorme carga de carvão. Surpreso com a dor e a pungência do momento, Willem colocou a mão no bolso à procura de um pedaço de papel e começou a esboçar a figura cansada. Sua primeira tentativa foi grosseira, mas depois ele tentou novamente. Ele não sabia; os aldeões não sabiam; o mundo não sabia; mas Willem, naquele momento, descobriu seu verdadeiro chamado.
Não era o hábito do clero, mas a roupa de um artista.
Não era o púlpito de pastor, mas a palheta de um pintor.
Não era o ministério de palavras, mas o de imagens. O jovem homem que o líder religioso não aceitou tornou-se um artista a quem o mundo não pôde resistir: Vincent Willem van Gogh.
Seu “mas...” tornou-se um “No entanto...”.
Quem dirá que com o seu “mas...” não ocorrerá o mesmo?
Então aproveite o dia, transforme seu “mas...” em “no entanto Deus tem algo melhor para mim”. Sua grande hora chegou.

Para recarregar a bateria:
É Comum que algo percebido como um fracasso ou revés acabe nos proporcionando uma oportunidade de levar nossas vidas a uma direção nova e plena de realizações. Semelhante ao caso de Willem, Vincent Willem van Gogh, aconteceu com James Whistler (James Abbott McNeill Whistler (10 de julho de 1834 - 17 de julho de 1903),  esperava-se que o grande retratista, seguisse a carreira militar do pai. Mas..., depois de ser reprovado numa prova de química em West Point, ele foi dispensado da academia em 1854 por uma “deficiência em química”. Trabalhou rapidamente para a Winans Locomotive Works, em Baltimore, mas não conseguiu resistir à paixão por viajar e pintar. Se não fosse por sua capacidade de transformar as adversidades em oportunidades, talvez ele nunca tivesse criado o seu quadro mais famoso, O Retrato da Mãe do Artista, mais conhecido como A Mãe de Whistler. Quando a modelo que ele tinha contratado ficou doente e não pôde posar, Whistler pediu à mãe que posasse para o quadro, que ele pintou no verso de uma tela velha. Apesar do fato de ela ter tido que ficar sentada devido à sua fragilidade, Whistler conseguiu capturar seu forte caráter protestante por meio da pose e da expressão sóbria. Esse se tornou o seu quadro mais famoso e essa imagem icônica continua a inspirar artistas, cartunistas e cineastas e já foi tema de três capas da revista New Yorker.
Moral da História: Não espere condições perfeitas para o sucesso acontecer; vá em frente e faça alguma coisa. E não aceite o fracasso – de que maneira você pode transformar um revés, um “mas...” numa oportunidade?
Eu vejo muita gente culpar algum fator externo por sua situação atual e por falta de realização. Culpam pais, professores, chefes, colegas ou cônjuges pelas mudanças inesperadas da vida. Mas culpar os outros não resolve nada. Ao contrário, só gera medo e melancolia. Destrói a criatividade e ergue paredes que afastam os outros e mantêm recursos fora da vista. Talvez o que você veja como obstáculo seja a sutil maneira de Deus redirecioná-lo para um futuro mais compensador.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Retrato de determinação - por Daniel Luz

Na coluna "Recarregando a Bateria Humana" desta semana...

“Você pode superar os obstáculos em seu caminho se for determinado, corajoso e trabalhador. Nunca receie. Seja decidido, mas nunca amargo. A amargura servirá somente para deformar sua personalidade. Não permita que ninguém o desestimule de lutar pelos objetivos que escolheu para si. Não tenha medo de ser o pioneiro, de desbravar novos campos de atividade.” - Ralph Johnson Bunche, 1903 – 1971 Premio Nobel da paz de 1940.

Retrato de determinação

“Ainda estou determinada a ser alegre e feliz em qualquer situação que possa estar, pois aprendi com a experiência que a maior parte da nossa felicidade ou tristeza depende das nossas disposições e não das circunstancias.” - Martha Washington, 1731 – 1802, a primeira das primeiras-damas dos EUA.

Sempre que penso em prosseguir com determinação, em perseguir um objetivo e alcançar vitória diante de situações insuportáveis, o nome de Wilma Rudolf  surge em minha mente.
(Martha DandridgeCustis Washington, mais comumente conhecida por Martha Washington (21 de julho de 1731 — 22 de maio de 1802) foi a esposa do 1º presidente estadunidense George Washington, e por conseguinte, a 1ª primeira-dama da nação estadunidense.
Wilma Glodean Rudolph (Clarksville, 23 de junho de 1940 — Brentwood, 12 de novembro de 1994) foi uma atleta norte-americana que, portadora de poliomielite na infância, conquistou três medalhas de ouro como velocista nos Jogos Olímpicos de Roma em 1960.)

Desde seu nascimento parecia que Wilma já tinha sofrido mais que merecia. Ela era a vigésima criança de 22 filhos nascidos de uma família afro-americana do Tennessee. Conhecida como“a criança mais doente de Clarksville”, Wilma teve sarampo, caxumba, catapora, pneumonia aguda e febre escarlate. Aos quatro anos de idade, ela contraiu poliomielite, o que deixou sua perna esquerda paralisada. Aos cinco anos, Wilma começou a usar um suporte mecânico na perna. Sua pobre saúde impediu-a de fazer o jardim da infância, então ela entrou na escola no ensino fundamental. Em sua autobiografia, Wilma explica que frequentou uma escola diferenciada, mas seu cabelo vermelho e suas marcas na pele junto com sua perna de suporte metálico a faziam sentir-se uma estranha entre os colegas. As braçadeiras de metal na perna, os olhares atentos das outras crianças do bairro, e o tratamento de seis anos, viajando de ônibus a Nashville, poderiam ter levado essa menina para uma concha criada por si mesma.
Mas Wilma recusou tudo isto.
Wilma continuou sonhando.
Ela estava determinada a não permitir que sua deficiência interrompesse o caminho de seus sonhos. Talvez sua determinação fosse gerada pela fé de sua mãe cristã que frequentemente dizia: “Querida, a coisa mais importante na vida é você acreditar nisso e continuar tentando”.
Aos onze anos, Wilma decidiu “acreditar nisso”. E por absoluta determinação e um espírito indomável para perseverar, a despeito de todas as dificuldades, ela se obrigou a aprender a caminhar sem braçadeiras de metal.
Aos doze anos, ela fez uma descoberta maravilhosa: as meninas podiam correr e pular, tambémjogar bola exatamente igual aos meninos! Sua irmã mais velha, Yvonne, era muito boa em basquete, então Wilma decidiu desafiá-la nas quadras. Ela começou a melhorar. As duas, no final das contas, foram para mesmo time da escola. Yvonne foi escalada para a seleção da escola, mas Wilma não. Mas o painão permitia que Yvonne viajasse com o time sem a irmã como acompanhante, Wilma estava frequentementena presença do treinador.
Um dia ela criou coragem para confrontar o homem com sua magnífica obsessão – seu sonho de vida. Ela revelou: “Se você me der dez minutos de seu tempo todo dia – apenas dez minutos – eu lhe darei um atleta de classe mundial”.
Ele aceitou sua oferta. O resultado da história é que a jovem Wilma finalmente ganhou uma posição titular no time de basquete; e quando terminou aquela temporada, ela decidiu tentar se classificar em um teste na equipe de pista. Que decisão!
Em sua primeira corrida, ela superou sua amiga. Depois ela superou todas as meninas em sua escola de segundo grau... depois, todas as meninas da escola do segundo grau do estado do Tennessee. Wilma Tinha apenas catorze anos, mas já era uma campeã.

Logo depois, embora ainda estivesse no segundo grau, ela foi convidada para fazer parte da equipe de pista de Tigerbelle, da Universidade Estadual do Tennessee. Ela começou um sério programa de treinamento depois das aulas e nos fins de semana. Enquanto se aperfeiçoava, continuava a ganhar corridas curtas e de revezamento de cerca de 400 metros.
Dois anos depois ela foi convidada aparticipar das eliminatórias para as Olimpíadas. Ela foi classificada e correu nos jogos de Melbourne, Austrália, em 1956. Ela ganhou uma medalha de bronze, quando sua equipe foi a terceira colocada na corrida de revezamento de 400 metros – uma vitória agridoce. Ela havia ganhado – mas decidiu que da próxima vez ela iria “conseguir o ouro”.
Eu poderia saltar quatro anos e me apressar para chegar a Roma, mas isso não faria justiça à sua história toda. Wilma percebeu que a vitória ia requerer uma quantia enorme de compromisso, sacrifício e disciplina. Para dar a si mesma “a fôrma de campeão” como uma atleta de classe mundial ela começou um programa tipo “faça você mesmo”, semelhante ao que ela havia empregado para se livrar das braçadeiras de metal. Ela não só corria às seis e às dez horas todas as manhãs,  e às três horas todas as tarde, como também frequentemente escapava do dormitório pela saída de emergência das oito às dez horas da noite e corria na pista antes da hora de dormir. Semana após semana, mês após mês, Wilma mantinha o mesmo programa extenuante... durante mais de mil e duzentos dias.
Agora estamos prontos para Roma. Quando a jovem negra, suave e elegante, com apenas 20 anos, dirigiu-se para a pista, ela estava pronta. Ela havia pagado o preço. Até aqueles oitenta mil espectadores podiam sentir o espírito da vitória. Era eletrizante. Quando começou a corrida de curta distância, um canto cadenciado começou a emergir das arquibancadas: “Wilma... Wilma... WILMA!” A multidão estava confiante. E ela, não decepcionou, ganhou.
Ela voou para a vitória fácil na corrida de 100 metros. Então, ganhou a corrida de 200 metros. E, finalmente, levou a equipe feminina dos Estados Unidos à outra final, em que alcançou o primeiro lugar no revezamento de 400 metros. Três medalhasde ouro – a primeira mulher na história a ganhar três medalhas de ouro no atletismo. Eu deveria acrescentar que cada uma das três corridas foi vencida com novo recorde mundial.
A pequena garota de deficiente de Clarksville, Tennessee, era agora uma atleta de classe mundial. Wilma Rudolph havia decidido que não poderia permitir que sua deficiência a desqualificasse; em vez disso, ela escolheu pagar o preço da vitória e “conseguir o ouro”.
Se Wilma Rudolph pôde reunir a coragem para tirar aquelas braçadeiras de suas pernas e vencer um obstáculo após outro em sua busca, estou convencido de que também podemos. Você pode!
“Mas pera aí”, você diz. “Wilma Rudolf foi apenas outra vencedora. Ela chegou em primeiro lugar! Ela foi uma daquelas pessoas que alcança o topo e as outras pessoas comemoram. Nem todo mundo que deseja voltar a caminhar consegue. Nem todo mundo que treina duro para vencer uma olimpíada consegue levar a medalha de ouro”.
Isso é verdade. Mas a parte mais importante da história não são as medalhas de Wilma. Elas simplesmente levaram a incrível vida de Wilma para os olhos do mundo. Antes quando Wilma ainda era uma criança, seu objetivo não era ganhar uma medalha de ouro ou se tornar uma lenda olímpica. Na verdade, Wilmanunca tinha ouvido falar sobre as olimpíadas até completar dezesseis anos. Antes de começar a correr, seu objetivo era simplesmente – ver se poderia caminhar. Isso era algo que os médicos diziam nunca mais ser possível para ela. E ainda assim, Wilma alcançou seu objetivo, literalmente um passo de cada vez. E ela acabou levando o ouro olímpico de bônus.
A verdadeira competição de Wilma não era com os outros corredores. Ela estava competindo consigo mesma. Ao lidar com a auto-aceitação, ela tinha uma escolha a fazer: resignar-se ou comemorar. Ela escolheu a comemoração. Wilma enxergava além de quem ela era naquele momento, conseguia ver quem ela acreditava que poderia ser – alguém que ela acreditava que Deus a tinha criado para ser. Então, ela fez o que pôde para ajudar a si mesma a continuar e a crescer naquela direção.

Para recarregar a bateria:
Assim como Wilma, a história da sua vida é escrita um dia de cada vez. Você pode estar encarando grandes desafios. Você pode lutar em desvantagens, com deficiências ou desmotivação. Você pode não ter o apoio de uma família torcendo por você como Wilma teve quando era Jovem. Mas você não está só. Existe alguém torcendo por você. Alguém que conhece você por dentro e por fora. Alguém que entende qual é o seu lugar na grande figura da vida e sabe exatamente onde a peça do quebra cabeça, que é “você”, pertence. Ele quer lhe ajudar a se enxergar através dos seus olhos. Ele quer que você saiba que você é muito mais do que apenas “o bastante”.

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